A permanência de estruturas tão antiquadas e antidemocráticas gerava forte insatisfação nos mais diversos grupos da sociedade russa. Trabalhadores urbanos e camponeses mostravam-se cada vez mais inconformados com as péssimas condições às quais estavam submetidos, descontentamento esse aguçado por graves ondas de fome causadas pelas constantes crises agrícolas. No caso da burguesia, as críticas ao governo se faziam tanto em oposição ao quadro de permanente estagnação econômica, quanto a uma sociedade de privilégios que beneficiava o clero ortodoxo e os setores da nobreza.
Este cenário de insatisfação social ganhou ainda mais força nos primeiros anos do século XX, principalmente após a derrota russa na guerra contra o Japão (1904-1905) e a partir dos acontecimentos que constituíram o chamado Ensaio Geral. Neste momento, rebeliões populares tomaram as ruas em diversas regiões do país, tendo o czar Nicolau II como o seu principal alvo. Em 1905, grupos de revoltosos exigiam ser recebidos pelo governante, para o qual desejavam expor suas inúmeras reivindicações. No entanto, além da negativa do governo, muitos dos rebeldes foram mortos pelo exército czarista, em um evento que ficaria conhecido como Domingo Sangrento.
Seria justamente nesse contexto de caos social que viriam a ganhar força os principais atores revolucionários. Fundamentais ao processo insurrecional, são formados os primeiros “sovietes”, agremiações políticas representativas dos setores menos abastados, como o proletariado industrial, camponeses e militares de baixa patente. A partir de então, seria através dos sovietes que iriam se desenvolver as principais ações contrárias ao governo e ao status quo.
O Partido Operário Social Democrata Russo se apresentava como outra importante instância de combate político. Representação trabalhista de natureza socialista, possuía uma divisão interna baseada na existência de dois grupos: os “mencheviques”, que indicavam o desenvolvimento prévio do capitalismo como um estágio fundamental à implementação do socialismo; e os “bolcheviques”, que advogavam a implementação imediata de uma ditadura proletária comunista. Estes últimos integravam a ala majoritária do POSDR.
Com a eclosão da Primeira Guerra Mundial (1914-1918/19), as condições de vida da maioria da população russa ficaram ainda piores. Além das exigências naturais de qualquer conflito, as constantes derrotas do exército nacional tornavam ainda mais graves as consequências da guerra. Racionamento, elevados gastos públicos com a manutenção das forças militares e baixas no front elevaram, então, a insatisfação social a níveis explosivos.
Em fevereiro de 1917, este inconformismo assumiu contornos mais concretos. Sob a liderança da burguesia e com apoio de grupos mencheviques, a “Revolução de Fevereiro” determinou a queda do czar Nicolau II, sendo instituído em seu lugar um governo provisório. Sob a direção de Aleksander Kerensky, o novo governo rapidamente perdeu o apoio inicialmente dado pelos sovietes, insatisfeitos com a permanência da Rússia na guerra e a ausência de medidas verdadeiramente revolucionárias.
Em abril do mesmo ano, Vladimir Lenin, líder bolchevique, discursou contra a inoperância do governo provisório, acusando-o de não agir em relação a três questões fundamentais: a retirada do país da guerra, as ondas de fome que afligiam a maioria dos russos e a extrema concentração de terras no país. Baseadas no lema “paz, pão e terra”, as “Teses de Abril” surgiam, assim, não apenas como uma crítica ao poder instituído, mas como a base das concepções políticas defendidas por Lenin.
Em outubro de 1917, o processo revolucionário atingiu seu ápice através de um novo golpe, mas agora tendo os bolcheviques como condutores do movimento. Com o sucesso da “Revolução de Outubro”, o governo, então liderado por Lenin, passa a obedecer a diretrizes de cunho socialista. Prontamente, além da imediata rendição do país na Primeira Guerra Mundial, outras medidas são tomadas, como a nacionalização da economia, a entrega do controle das fábricas aos trabalhadores, o combate à propriedade privada e a implementação de um programa radical de reforma agrária.
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